Sobre a beleza e a magia das coisas
Acredito firmemente que todos nós procuramos a beleza nas coisas. Não se trata, aqui, daquela beleza puramente estética ou meramente decorativa. Não, não é disso que estou falando.
Falo da beleza da vida, da poesia necessária para vivermos. Estou neste momento olhando para a janela da minha sala que fica no 22º andar: o céu maravilhoso em tons de azul, cinza e vermelho. Ao fundo os sinos da Igreja da Sé tocam. A cidade lentamente escurece e os faróis dos carros já começam a tomar conta de tudo.
É desta beleza que precisamos.
Também penso na beleza de um caminhar na madrugada de São Paulo pela Avenida Paulista (creiam-me, é uma experiência maravilhosa, desde que não esteja frio) e, de repente, deparar-se com uma exposição sendo montada em algum espaço público.
Ou, até mesmo, na beleza que há em se tomar um simples café com um amigo enquanto se vê calmamente as pessoas apressadas correndo de um lado para o outro e você e seu amigo, tranqüilamente, tomado seu café.
A beleza é fundamental. É fundamental porque nos permite ver além das simples linhas de concreto que por vezes acreditamos que seja a nossa vida. A beleza, especialmente quando é inesperada, nos desperta para a mágica do mundo.
Mágica que acabamos, com o tempo, deixando de perceber. Creia-me, todas as coisas são belas e em todas há um pouco da magia do mundo, basta saber olhar.